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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Escolhas amargas.

Quando uma semente, por acidente, cai em nosso jardim fechado, e dela nasce uma linda rosa, que resiste a sequidão de nosso terra, suas cores ofuscam nossos olhos,e sentados diante dela, esperamos até que ela seque, trazendo novamente paz a nosso árido jardim de espinhos.
Murei meu jardim pois cansei de replantar minhas rosas, que a cada pessoa que deixava entrar, pisoteava e sem se importar, ia embora, me deixando despedaçada em meio a espinhos.
Murei e deixei que os espinhos crescessem, secando a terra e sufocando flores que não tenho mais paciência de cuidar.
Deixei que os espinhos crescesse, para machucar os que se atreveram a pular os meus muros, derramando seu sangue alimentando as cicatrizes de meu jardim.
Hoje não acredito mais nas cores das rosas, pois difíceis de cuidar, e de tão delicadas, morrem facilmente.
A paz e o silencio de meu jardim me acalma, sua densa névoa me esconde de olhos intrusos que insistem e queres olhar por sobre meus muros, fazendo os desistir de me encontrar.
Se um dia o vento soprar, meus mudos caírem e a névoa for dissipada, já estarei encoberta por meus espinhos que sufocaram a pequena rosa que um dia solitária embelezava aquele lugar árido, sobrevivendo de pequenas migalhas que jorravam por sobre o muro.

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