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terça-feira, 13 de abril de 2010


Ela nunca tinha visto um campo tão lindo, o sol ainda fraco, tocava seu rosto e aquecia suas bochechas rosadas de um vendo ainda gelado. Sua presença a fez tremer sentiu seu rosto queimar, e já não podia esconder, pois suas mãos tremulas gritavam seus pensamentos. Não sabia agora o que admirar, seus olhos corriam os campos, terminando sempre em seu desejo, as vozes de seus amigos e o barulho do ónibus indo embora, já não se fazia ouvir, seu coração ensurdeceu seus ouvidos e sua mente se tornou cativa na imagem que seus olhos traziam ao seu coração. Segundos de pura alegria interrompidos por uma bola que a certara sua cabeça, jogando a no chão, tudo escureceu, não sentia nada, devagar abriu seus olhos, vendo rostos turvos e expressões de espanto, sua mente ainda perdida em meio a dor que apertava seus cabeça. Continuava deitada, olhando as pessoas, ainda tentando entender o que tinha acontecido, em meio ao turbilhão de olhos esbugalhados, dois olhos verdes se destacaram, seu coração palpitava, uma mão firme mais delicada se estendeu, e foi segura por outra, tremula e fria. A Dor sumia a medida que se aproximava de um rosto a muito desejado. Sabia que tudo que desejava estava cada vez mais perto, ficando de pé diante de um sonho, ouvira um anjo se desculpando da melhor coisa que já acontecera em sua melancólica vida. Ainda dispersa em seus pensamentos, se limpou e com uma voz tremula, agradeceu, e inerte viu seu anjo se afastar levado em com sigo seu coração.

Post para Bloinquês desta semana.

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